domingo, outubro 21, 2007

Coordenador da Biblioteca Escolar- concurso em 2009?




Professores poderão concorrer exclusivamente a lugar de coordenador de biblioteca no concurso de 2009 21.10.2007 - 11h50 Lusa
(divulgado no Público online)

No concurso de colocação de 2009, os professores poderão concorrer exclusivamente ao lugar de coordenador de biblioteca, segundo a responsável pela Rede de Bibliotecas Escolares, que em 2008 integrará todas as escolas de 2º e 3º ciclo."No concurso de professores de 2009 será possível concorrer exclusivamente para coordenador de biblioteca, mas os termos em que esse concurso irá decorrer estão ainda por definir", explicou Teresa Calçada, a propósito do Dia Internacional das Bibliotecas Escolares (RBE), que se assinala amanhã. De acordo com a coordenadora da RBE, existem actualmente 107 professores de 2º e 3º ciclo e cerca de 130 do 1º ciclo que trabalham a tempo inteiro nas bibliotecas dos agrupamentos a que pertencem. Professores ou formados na área da educação com competências ao nível das tecnologias de informação e das ciências de documentação, com um enorme sentido de organização, entusiasmados, competentes e conscientes do papel que as escolas desempenham ao nível da inclusão social: é este o retrato-tipo dos coordenadores das Bibliotecas Escolares traçado por Teresa Calçada. A trabalhar com o coordenador existe uma equipa formada também por professores, escolhidos por competências que podem ser aproveitadas pelos serviços da biblioteca. Teresa Calçada assegurou que até ao final de 2008 "todas as escolas de 2º e 3º ciclo do país ficam integradas na Rede". A coordenadora explicou ainda que com a alteração do modelo de estruturação do sistema de ensino - que passou a considerar como unidade o agrupamento e não a escola - todas as escolas de 1º ciclo vão ficar automaticamente integradas na Rede, uma vez que estão associadas a escolas de 2º e 3º ciclo que são sede de agrupamento. "O que é necessário é haver uma biblioteca por sede de agrupamento e organizar serviços de biblioteca que possam chegar a todas as escolas", explicou Teresa Calçada que deu como exemplo os serviços itinerantes que fazem chegar os livros das bibliotecas centrais às bibliotecas das escolas mais pequenas. Actualmente existem mais de 1800 escolas integradas na Rede, mas até ao final do ano serão cerca de duas mil. "Em Portugal esta Rede está a ser implementada mais tarde do que se desejaria", reconheceu. No balanço de dez anos de actividade da RBE, a coordenadora destacou o "alargamento respeitável da Rede, que até poderia ter sido feito de forma mais rápida, mas isso implicaria uma perda de qualidade na formação dos recursos, no caso, dos professores responsáveis".

17 comentários:

Anónimo disse...

Se professores poderão concorrer ao cargo de "coordenador de biblioteca", excluindo com isso a função de "bibliotecário", fica claro então, que nós, bibliotecários poderermos futuramente, concorrermos aos cargos de professor das mais diversas áreas, já que também estamos inseridos num ambiente (biblioteca), onde temos livre acesso aos livros e materiais utilizados pelos professore para minstrarem suas aulas. Acho sinceramente, uma falta de respeito com os profissionais bibliotecários. Não basta simplesmente estar inserido dentro de uma biblioteca, senão qualquer um poderia ser "coordenador" de biblioteca.

Anónimo disse...

A consequencia disso, sera que as escolas privadas e o governo, optarão por contratarem "coordenadores de biblioteca", por se tornar mais barato do que o profissional bibliotecario. O que acarretará um aumento considerável no desemprego da categoria.

Kirla disse...

Desculpe a pergunta, mas em Portugal existe o curso de biblioteconomia???

lucinha disse...

Isso é um absurdo...
Professores e bibliotecários devem trabalhar em consonância e jamais o bibliotecário deve ser substituído pelo professor em uma biblioteca.
Pelo que vejo o problema das BEs é bem complexo e abrange inclusive os chamados paises de primeiro mundo. E os bibliotecários lusitanos não vão fazer nada?

Anónimo disse...

Essa questão apenas vem provar que o Bibliotecário deve continuar fazendo como sempre: mutando-se. Estou cansado de ver os ditos "profissionais da informação" satisfeitos em passar horas atrás de uma mesa fingindo que trabalham e, assim, catalogando, indexando e classificando. A Biblioteconomia é hoje muito mais Ciência da Informação do que qualquer outra coisa. Adaptação às novas realidades, é isso que falta ao Bibliotecário.

Anónimo disse...

Claro que existe escolas de biblioteconomia em Portugal.É por essas e outras que está profissão vai se extinguir deste jeito.

Anónimo disse...

Caso isso ocorra, será que eles vão ter que contribuir com o CRB... os seremos isentos das anuidades?????

Anónimo disse...

Será que os CRBs e os Sindicatos de Biblioteconomia vão agir??? ou a Dna Teresa tem autonomia sobre eles?

Anónimo disse...

Absurdo!
Se existe bibliotecários, torna-se ilegal um professor sem habilitação para bibliotecário assumir a coordenação de uma biblioteca.

Anónimo disse...

O que os CRBs e FBAB diz sobre isso?

Anónimo disse...

Por acaso sou professor e também possuo o curso de ciências documentais, acresce o facto de ter no meu currículo académico várias especialidades.sabem quem é que coordena a biblioteca da minha escola? Uma pessoa muito engraçada que está nas graças do orgão de gestão lá do sítio.Chama-se a isto compadrio.Uma coisa eu não faço nem pago almoçaradas ao tal orgão, nem uso outros truques horizontais

Anónimo disse...

Existem bibliotecas escolares, nas escolas do 1.º ciclo que foram criadas de raiz por professores dessas escolas. Esses professores receberam formação adequada da Rede de Bibliotecas escolares. Nunca tiveram a intervenção de um biblotecário e funcionam adapatadas ao meio onde a escola está inserida. Muitas delas desenvolvem actividades em parceria com as bibliotecas municipais e os seus técnicos bibliotecários. Além disso os bibliotecários não possuem formação pedagógica para dinamizar uma biblioteca escolar e desenvolver um trabalho de cooperação com os titulares de turma no sentido de complementar a componente curricular. A biblioteca escolar deve ter a capacidade de envolver toda e escola e a comunidade educativa e mostrar que a leitura é muito mais que uma série de livros catalogados e arrumados em prateleiras. Cada livro é um ser vivo que existe dentro de cada um dos seus leitores.

Anónimo disse...

Já leram por acaso a portaria que estabelece as condições exigidas para exercer as funções de professor bibliotecário? Se já, então certamente repararam que é exigida formação na área. Além disso,existem professores que possuem a mesma formação dos bibliotecários que estão perfeitamente aptos para exercerem esse cargo quer nas bibliotecas escolares quer nas públicas.

Maria José Vitorino disse...

Aos colegas brasileiros: no Brasil, em alguns estados pelo menos, há a carreira de bibliotecário escolar (curso específico) que em Portugal nunca foi criada. Todos concordam que este profissional tem de trabalhar em colaboração estreita com os professores, e as coisas nem sempre são fáceis por lá. Em Portugal, temos muita formaç~ºao em Bibliotecaonomia e afins (Ciências d aInformação, Arquivística, etc) que escassamente contempla aáreas específicas como as bib. escolares, ou as públicas, por exemplo: é generalista. Essa formação é contemplada, e bem p+ontuada, nas regras do acruyal concurso pasra professor biblioetcario. Há muitos países com bibliotecários escolares E com professores bibliotecároios, considerados como tal pelos demais profissionais da área : por exemplo, nos EUA, a Associação deste sector, ASLA, integra a ALA (de todos os biblioteca´rios e profissinais B&D), e acolhe quer bibliotecários escolares (sem formação para docência inicial) quer professores bibliotecários (com formação inicial para a docência, e acrescida para bibliotecas), com diferentes processos de recrutamento laboral conforme os Estados, os Colégios, incluindo até profissionais liberais!
As profissões extinguem-se quando os profissionais recusam actualização e mudança, sem abdicar de seus princípios, de sua ética e deontologia profissionais. Quando valorizam negativamente a criação (por 4 anos...) do lugar de prof-bib (Julho 2009) e se calam perante o escândalo da EXTINÇÂO de carreiras profissionais BAD na administração pública (Agosto 2008 - a BAD lavrou protestos!), contribuem para desvalorizar a profissão, não será? O problema é que há mais desemprego em Portugal entre os formados inicialmente para ser professores que entre os formados inicialmente para ser bibliotecários... e as escolas particulares já podiam contratar técnicos, só que não o faziam (há honrosas excepções, além das Escolas Internacionais, que como sabem, têm obrigatoriamente "teacher librarians", de formação exigente, para serem reconhecidas como de qualidade). Pode ser que este exemplo da escola pública as arrebite! Já agora, na RBE, é suposto haver pelo menos um ou mais bibliotecários envolvidos nas bibliotecas escolares: os da biblioteca pública parceira. O problema é quando, nas bib. públicas, não os há ( e até havia qudros de técnicos de preenchimento obrigatório, desde 1986), ou há técnicos profissionais sem um bibliotecário graduado a dirigir os serviços... há mais mundo, não é? Toca a abrir os olhinhos e a apostar nos alvos certos e úteis, com firmeza mas também com imaginação e princípio da realidade! Que bem calha aqui o lema de 2009 do Mês Internacional das BIbliotecas Escolares 2009. School Librart : the big picture :)

Maria José Vitorino disse...

Já agora, há mesmo muito mais docentes com curso de bibliotecário/ciências da informação que bibliotecários com formação para trabalhar em escolas, em Portugal.

Anónimo disse...

Efectivamente, penso que nada haverá a temer se as exigências feitas pela Portaria nº. 756/2009 para o concurso interno de professor bibliotecário se mantiverem no concurso externo...
Entendo a preocupação dos bibliotecários mas é um facto que professores investiram em formação na área e o conhecimento que os mesmos têm do meio (escola) em que a biblioteca está inserida é essencial.Mas nada está perdido, Porque não fazerem formação na docência?!
Relativamente a algumas intervenções, parece-me importante conhecer a realidade portuguesa.

Anónimo disse...

Um absurdo...
Não deve ser bibliotecária a responsável pela Rede de Bibliotecas Escolares.

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